DOE 12/01/2024 - Diário Oficial do Estado do Ceará

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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XVI Nº009  | FORTALEZA, 12 DE JANEIRO DE 2024
▪ realizar apoio matricial, presencial ou por outras formas de comunicação definidas com as equipes de atenção primária e gestores;
▪ manter mecanismo de comunicação e integração com as equipes multiprofissionais;
▪ encaminhar para atenção terciária as pessoas que necessitam de internação hospitalar ou de terapia imunossupressora ou imunobiológica para 
controlar a atividade da doença;
▪ realizar exames complementares ao diagnóstico e tratamento do paciente de acordo com as Diretrizes Clínicas.
4.2.2 Doenças que devem ser acompanhadas na atenção secundária
▪ artrite Reumatóide ou síndrome de Sjogren em uso de corticoide, Metotrexate, Leflunomida ou Sulfassalazina;
▪ artrite psoriásica em uso de AINES, corticoide, Metotrexate, Leflunomida ou Ciclosporina;
▪ espondiloartrites em uso de AINES, Metotrexate ou Sulfassalazina
▪ febre reumática com cardite;
▪ lúpus eritematoso sistêmico, cutâneo articular, em uso de difosfato de Cloroquina, Hidroxicloroquina, Metotrexate, Azatioprina ou prednisona, 
com doença bem controlada;
▪ gota refratária: ácido úrico sérico > 5 mg/Dl, mesmo com adequada adesão ao tratamentootimizado e persistência de artrite.
▪ osteoporose com fraturas de coluna, fêmur, úmero ou rádio, por baixo impacto
4.2.3 Exames /diagnósticos
Alguns exames são necessários para o diagnóstico e acompanhamento do paciente com Doenças Reumatológicas: Hemograma, ureia, creatinina, 
anti-CCP (ACPA), anti-DNA, anti-SM, anti- cardiolipina IgG/IgM, anti-coagulante lúpico, proteinúria de 24 horas, sumário de urina, VHS, PCR, C3, C4, 
FAN, FR, HLA-B27, TGO, TGP, PPD, cálcio, fósforo, fosfatase alcalina, PTH, 25(OH) vitamina D,eletroforese de proteínas, sorologia para hepatites B, 
C e HIV, ultrassom abdominal, RX de tórax, RX de mãos e pés, RX de sacro-ilíacas, ultrassom articular, densitometria óssea,que deverão ser realizados na 
atenção primária ou nos serviços ambulatoriais especializados.
A necessidade e a periodicidade desses exames dependerão do estágio clínico da doença em que o paciente se apresenta.
4.3 Atenção Terciária
Os serviços de Reumatologia terciários têm como missão atender os pacientes com afecções reumáticas, principalmente os pacientes encaminhados da 
Atenção Secundária, que permaneçam em atividade da doença, apesar do tratamento disponível nesse setor. São pacientes que irão necessitar de drogas 
imunossupressoras ou imunobiológicas ou com complicações que necessitem de internação hospitalar de seguimento com reumatologista.
4.3.1 Competem aos serviços hospitalares:
• Prestar assistência de acordo com as Diretrizes Clínicas para o Cuidado à pessoa com Doenças Reumatológicas no âmbito do SUS;
• Tratamento e seguimento do paciente com maior gravidade que necessitem de internação hospitalar e tratamento com imunossupressores ou 
imunobiológicos.
Unidades de atendimento: Hospital Geral de Fortaleza, Hospital Universitário Walter Cantídio, Hospital Geral Dr. César Cals e Hospital Infantil 
Albert Sabin. Esses hospitais contam com leitos para internação de pacientes reumáticos de alta complexidade, equipe de reumatologistas, atividades de 
ensino com internos e residentes de clínica médica e de residentes em reumatologia com atendimento supervisionado nos setores de enfermaria, ambulatório 
e Centro de Infusão onde são administrados os imunobiológicos e medicamentos injetáveis, tais como: metilprednisolona e ciclofosfamida.
Os atendimentos ambulatoriais acontecem em ambulatórios especializados de osteoporose, gota, lúpus sistêmicos, esclerodermia, miopatias 
inflamatórias, espondiloartrites, artrite psoriásica, artrite reumatoide, síndrome de Sjogren, vasculites e ambulatórios gerais.
5. ENCAMINHAMENTOS PARA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
5.1 Condições Clínicas para encaminhamento à Atenção Especializada:
Artrite Reumatoide 
a) Presença de artrite (sim ou não). Quais articulações acometidas, características e tempo de evolução; 
b) Presença de rigidez matinal (sim ou não). Descreva a duração; 
c) Outros sinais ou sintomas: - Descrição da radiografia das mãos, punhos e pés, com data; - Resultado de fator reumatoide e anti CCP (ACPA). 
Resultado de proteína c reativa (PCR) ou velocidade de hemossedimentação (VHS), TGO, TGP, sorologia para hepatite B e C com data.
Artrite Psoriásica 
a) Presença de artrite (sim ou não). Quais articulações acometidas, características e tempo de evolução;
b) Presença de distrofia ungueal psoriásica típica (onicólise, pitting, hiperceratose) (sim ou não); 
c) Presença de dactilite (dedo em salsicha) ou história recente de edema e eritema de dedos (sim ou não); 
d) Presença de entesite (dor ou aumento de sensibilidade, especialmente no tendão de Aquiles e/ou fáscia plantar) (sim ou não); 
e) outros sinais ou sintomas. Psoríase cutânea atual (sim ou não) História prévia de psoríase cutânea (sim ou não)História familiar de psoríase (sim 
ou não). Resultado de fator reumatoide, com data. Resultado de exame de imagem da articulação acometida, com data (se necessário).
Espondiloartrite
▪ Lombalgia crônica > 3 meses de duração e iniciando ≤ 45 anos.
▪ Sacroiliite em imagem (sim ou não). 
▪ HLAB27(sim ou não).
a. Dor lombar inflamatória (sim ou não); 
b. Artrite (sim ou não); 
c. Entesite (sim ou não); 
d. Dactilite (sim ou não); 
e. PCR elevada (sim ou não); 
f. Uveíte (sim ou não); 
g. Boa resposta a AINE (sim ou não); 
h. Psoríase (sim ou não); 
i. Doença inflamatória intestinal (sim ou não). História familiar de espondilite anquilosante (sim ou não).
Artrite por 
deposição de 
cristais(Gota)
a) presença de artrite (sim ou não). Se sim, quais articulações acometidas, características (calor, rubor, edema) e tempo de evolução do quadro; 
b) presença de tofo (sim ou não); 
c) número de crises no último ano; 
d) outros sinais e sintomas relevantes. - Resultado de ácido úrico sérico, com data - Resultado de creatinina sérica, com data - Tratamentos em uso ou já 
realizados para gota (não farmacológico e/ou medicamentos utilizados com dose e posologia) - Outros medicamentos em uso OBS: Pacientes com suspeita de 
artrite reumatoide de início recente (sintomas há menos de um ano) ou diagnóstico de artrite reumatoide, suspeita ou diagnóstico de lúpus eritematoso sistêmico, 
diagnóstico de artrite psoriásica, síndrome do anticorpo antifosfolipídeo (SAF), esclerose sistêmica, miopatias inflamatórias, vasculites sistêmicas, espondilite 
anquilosante e síndrome de Sjögren devem ter preferência no encaminhamento ao reumatologista, quando comparados com outras condições clínicas.
Condições 
Clínicas para 
encaminhamento 
neurocirurgia 
ou ortopedia 
• Síndrome radicular sem melhora clínica após 6 semanas de tratamento clínico otimizado; 
• Diagnóstico de estenose de canal lombar ou suspeita clínica (claudicação neurogênica); 
• Lombalgia de característica mecânica e diagnóstico de espondilolistese; 
• Dor lombar com sinais de alerta, sem indicação de avaliação emergencial, na impossibilidade de solicitar RMN ou TC; 
• Dor lombar crônica inespecífica, sem melhora após tratamento clínico otimizado por 6 meses, na ausência de serviço especializado para tratamento de dor crônica;
• Condições clínicas que indicam a necessidade de encaminhamento para serviço especializado para tratamento de dor crônica (fisiatria, acupuntura, equipe de tratamento da dor 
ou outra referência disponível): - Dor lombar crônica inespecífica, sem melhora após tratamento clínico otimizado por 6 meses, sem indicação ou condição clínica para cirurgia. 
• Condições clínicas que indicam a necessidade de encaminhamento para Medicina do Trabalho ou Saúdedo Trabalhador: 
- Dor lombar crônica (mais de 3 meses) e suspeita de associação com o trabalho 93* 
• Conteúdo descritivo mínimo que o encaminhamento deve ter: 1. Sinais e Sintomas: 
a) Descrever características da dor, presença ou não de ciatalgia ou claudicação neurogênica, tempo de início e duração dos sintomas, fatores desencadeantes e de alívio. 
b) Presença de alterações em exame físico neurológico (sim ou não). Descreva. 
c) Outros Sinais e sintomas relevantes (sintomas constitucionais). 
1. Tratamento em uso ou já realizado para dor lombar (não-farmacológico, tipo e duração; e/ou medicamentos utilizados com dose, posologia e resposta a medicação). 
2. Resultado de exame de imagem, com data (se realizado). 
3. Presença de imunossupressão (sim ou não). Qual? 
4. Se suspeita de neoplasia, descreva o motivo. 
5. Osteoporose prévia (sim ou não). Descreva como foi feito o diagnóstico. 
6. Associação do sintoma com atividade laboral (sim ou não). Descreva a atividade.
Encaminhamento 
para emergência: 
▪ Suspeita de compressão de cone medular ou síndrome da cauda equina; 
▪ Perda de força progressiva medida de maneira objetiva; 
▪ Dor intensa refratária ao tratamento clínico otimizado; 
▪ Diagnóstico de neoplasia acometendo a coluna vertebral; 
▪ Suspeita de infecção (especialmente em pessoas; imunossuprimidas e/ou usuárias de drogas ilícitas endovenosas); 
▪ Suspeita de fratura ou luxação associado a traumatismo recente.

                            

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